E, a França perdeu!...


Que dia feio! Dentro de casa parece que é noite. O céu ta cinza e chove.

A semana promete ser inteirinha assim.

São Pedro parece que está fazendo uma revolução no céu desde que Sarkozy foi eleito o presidente da França com 53,06% dos votos.

Uma eleição recorde em participação: 85% dos franceses cadastrados nas listas eleitorais compareceram às urnas.

Fui dormir mal humorado e preocupad0 com o futuro da França. Todos os jornais da Europa estampam fotos, gráficos, comentários e análises do futuro governo, que será apresentado dentro de duas semanas.
Uma coisa que li em diversos jornais há alguns dias é o que me assusta: Ele diz em voz alta o que os franceses pensam secretamente. E isso é perigoso. Nem parece que há pouco mais de 50 anos finalizava-se un dos períodos mais sombrios da história da Europa. E nem parece que estes mesmos franceses celebraram com uma festa espetacular, tanto em dimensão quanto em honrarias e homenagens, em 2004 (ano em que cheguei na Franca) o 60º aniversário do desembarque das tropas aliadas na Normandia, evento considerado por muitos o mais forte do século XX. Em tese, ou de fato, as tropas carregavam o sentimento de justiça, tolerância e liberdade. E é aí que a França perde com a eleição do tal Monsieur. Ele porta consigo o lema da tolerância zero, aos olhos dos seus apologistas, enquanto que para alguns seu discurso é bem maquiado pelas belas retoricas para esconder seu verdadeiro sentimento. Uma passagem no texto Hoje é dia de Sarkozy do jornalista Pedro Doria, do site no mínimo, me chamou atenção e até certo ponto sou inclinado a concordar.
Comentário racista, nos EUA, quem faz tem nome: racista. Na França, e francês adora uma discussão cheia de argumentos que enche páginas de jornal e ocupa horas na tv, depende do contexto.
Poderia falar por horas a fio sobre este assunto, mas não quero me prolongar.

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