Carta Educativa - Tomadas de posição


"Os presidentes da Juntas de Freguesia de Rio de Couros e Casal dos Bernardos (ambos PSD), votaram contra. Sérgio Fernandes, de forma prática e bem esclarecedora, apresentou rapidamente os motivos porque não votava com a maioria: ouviu as suas gentes (assembleia de freguesia e comunidade escolar) e votou de acordou com a vontade de quem o elegeu.

Manuel Lourenço diz que apesar de ter consciência da importância da aprovação da carta que permitirá a «chegada de alguns milhões de euros» o voto contra acontece pela convicção de que «a ida de Rio de Couros para o agrupamento de Freixianda não beneficia ninguém». Considera o autarca de Rio de Couros que isso vai é «criar dificuldades aos pais e alunos» da sua freguesia e que acabará é por saturar ainda mais o ensino privado em Fátima sem que resolva «nenhum problema ao agrupamento da Freixianda porque poucos alunos irá receber da nossa freguesia».E porque «durante o processo anterior a esta votação, ninguém se preocupou em ouvir a Junta de Freguesia» Manuel Lourenço diz que «hoje ao votar, sentimos o sagrado dever de respeitar o sentimento das pessoas que nos elegeram», o «sentimento da nossa assembleia de freguesia» e o «excelente trabalho que o agrupamento de Caxarias tem vindo a fazer».

O presidente da Junta de Freguesia do Olival (PSD) absteve-se, o que viria a levantar protestos do público do Olival presente.

Armando Santos, membro da assembleia de escola, não conteve a sua insatisfação por ver José Maria Sousa abster-se chegando mesmo a dizer que assim ficavam claras as coisas e o povo já saberia em quem votar nas próximas eleições. Armando Santo considerou também que esta proposta só aparecia com o intuito de «salvar a escola da Freixianda».

Também a presidente do Agrupamento do Olival, Alexandra Silva, manifestou a sua grande insatisfação, em nome de toda a comunidade escolar. Lamentou que a ministra da Educação tenha ignorado a comunidade escolar mas considerou que a autarquia não manifestou vontade política para resolver as coisas de modo a satisfazer a vontade das populações. Diz ainda que o dinheiro que possa vir para Ourém «não compensa o prejuízo sentido pelo agrupamento».

O mesmo sentimento de insatisfação foi manifestado por Mónica Simões, representante dos pais da escola e Jardim infantil de Coroados, Seiça. Não compreende esta mãe como é que as crianças da sua localidade tenham que passar a fazer 9 quilómetros para se deslocarem à escola de Caxarias, quando estão a três das de Ourém. Afirma que «as nossas vidas estão centradas em Ourém. Há pais que passam meses sem ira a Caxarias…» e a culminar, diz ainda que «este ano apenas duas crianças irão para Caxarias», pelo que questiona como se fará o seu transporte."
Nota: Com a carta educativa aprovada desaparecem os agrupamentos Oureana, Acácio de Paiva (Olival) e Fátima. Surge um novo agrupamento com sede na Escola Secundária com 3º ciclo de Ourém, que recebe o de Fátima (escolas da freguesia, mais os estabelecimentos do Bairro e Fontainhas da Serra) e as escolas Ourém nº 1 e jardim-de-infância de Ourém (Nª Srª da Piedade). No Agrupamento da Freixianda, estão as escolas daquela freguesia e as de Ribeira do Fárrio, Casal dos Bernardos, Rio de Couros e Formigais, enquanto no de Caxarias os estabelecimentos de ensino de Urqueira, Espite, Seiça, Olival, Matas e, naturalmente, os de Caxarias. Já o Agrupamento Conde de Ourém tem as escolas de Alburitel, Nª Srª da Piedade (Alqueidão, Pinheiro e Vale Travesso), Misericórdias (excepto Bairro), Gondemaria, Cercal e Atouguia (excepto Fontainhas da Serra).

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